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Cachorro vira-lata

ANTES DA HISTÓRIA

Cada vez mais, pessoas apaixonadas por bichos desempenham papéis como o de criá-los, o de protegê-los e o de dar a eles um lugar melhor que a mesa do almoço ou jantar, onde se alimentam e apreciam o sabor de suas carnes.

Nesse intuito de dar-lhes lugar de importância e mais generoso, estabeleceu-se uma data para homenageá-los anualmente, e mais do que isso, suas histórias são contadas em rodas de amigos afeiçoados aos animais.

Recentemente, uma professora da Nossa Escola visitou Brasília e, entre as histórias de bichos ali contadas por amigos, ela ouviu uma bem interessante, que envolveu cachorro, o bicho de preferência nacional, e grandes homens como Juscelino Kubitschek, Oscar Niemeyer, Portinari, o Bispo Dom Antônio Cabral em torno da famosa igreja Católica São Francisco de Assis, localizada na Pampulha, em Belo Horizonte.

A história que vamos contar a seguir é, portanto, baseada em relatos recentes e nos de Juscelino Kubstischek, em seu livro "Por que construí Brasília".

 

A HISTÓRIA

O ex-presidente Juscelino Kubistschek, quando prefeito da capital mineira, urbanizou o recanto inspirado no projeto do arquiteto Oscar Niemeyer. O projeto previa a construção de uma igrejinha que, depois de pronta, foi decorada por Cândido Portinari e o escultor Ceschiatti.




                                                             Painel do Altar

Todos que visitavam a igreja, antes mesmo de inaugurá-la, “extasiavam-se em face da doçura de São Francisco de Assis, pintado por Portinari, atrás do altar.”

Portinari, no entanto, não usou a figura do lobo, que é o “tradicional alvo de afeição poverello de Assis”, mas a figura de um cachorro “bem brasileiro, o vira-lata”.

Cabia, no final, a Dom Antônio Cabral dar o seu consentimento para que a linda igrejinha pudesse iniciar suas sagradas funções. À primeira vista, o bispo se encantou com a beleza da construção, mas, ao examinar a figura de São de Francisco, não conteve a sua indignação com a presença do cachorro: “Sr. Prefeito... Isso é um escárnio à religião”.

Após esse incidente, a igreja ficou durante 17 anos sem um padre. Somente quando D. José Resende substituiu o desafeto dessa representação artística é que a igreja foi sagrada e pôde, então, celebrar sua primeira missa. Em 11 de Abril de 1959.



                                                  Vista Geral Igreja Pampulha

O povo de Belo Horizonte compareceu em massa, e os mais atentos presenciaram um fato simples, mas intrigante: “Quando Dom Rezende Costa procedia à elevação do Santíssimo, um cachorro amarelo com uma ferida no dorso entrou na igreja e posou bem próximo a todas as autoridades do Estado. Tocado pela música que se fazia ouvir, assentou a cabeça sobre as patas dianteiras”.

Os presentes, cientes da dura reação do Bispo anterior, surpreenderam-se com o fato de o cachorro estar ali naquele momento, a observar, por um largo tempo, a figura de um similar seu não só na espécie, mas “na cor, na conformação física, e com os mesmos olhos grandes e compassivos, concebido por Portinari”.

 

DEPOIS DA HISTÓRIA

Após ouvir a história, consultamos o livro de JK para darmos conta dos detalhes. No livro, entre tantas coisas, sobre o cachorro na igreja, ele afirma: “tocou-me profundamente, e não só a mim, mas a todos quantos estavam ali”.

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