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Armadilhas que colocam no mundo

Armadilhas que colocam no mundo #‎NasaladaDiretora


Antes de as crianças começarem as brincadeiras na minha sala, promovi uma reunião secreta. Eram somente meninas e tinham, no máximo, 6 anos de idade. Eu disse que lhes contaria algo muito importante e de que pouca gente sabe. Eu lhes contaria porque elas eram minhas amigas.

Observando todas se espremendo e trincando os dentes de curiosidade, falei de uma das #‎armadilhas que colocam no mundo (e que aparecem até na televisão!) para deixar as crianças com as ideias atrapalhadas, pensando que só vale, neste mundo, o que é de um jeito e não de outro jeito.

Contei da #‎cordapele da gente, do jeito do #‎cabelo que a gente tem (falamos até de quem não tem cabelo) e do #‎jeitodocorpo que a gente tem. Revelei, em tom de cochicho, como é que fazem para que as crianças e até adultos pensem que a #‎beleza está em um único jeito de aparecer no mundo. Eu disse que essa armadilha confundia o nosso cérebro e, assim, confundia a visão e o coração da gente. Choveram comentários e perguntas.

Pensando em concluir o papo do dia, eu disse àquelas meninas que falei o seguinte para o meu namorado: "Meu amor, você sempre diz que não existe cabelo mais bonito que o meu, assim, com cachos bem pequenininhos, enroladinhos feito mola. Eu sei que o meu cabelo é muito lindo e gosto de que você goste dele, mas a verdade é que há outros cabelos lindos também. Há os menos enrolados, há os lisos, há os de outra cor, os mais finos, os mais grossos... diferentes do meu, assim como o seu. É assim que é feita a gente, com #‎belezasdiferentes."

Nesse meu fim de fala, constatei que a turminha, inicialmente sentada no chão em meia lua, estava toda mais próxima de mim. Muito próxima. Tão próxima que todas as mãos me alcançavam. Senti um toque num pé, um chamego no braço, uma mexida nas costas, outra no cabelo... e um queixo apoiado numa de minhas pernas. Quando detonei o “vamos brincar”, as meninas andaram, sorridentes de sorrisos que se olhavam, e as mãos de umas mexiam nos cabelos de outras.

(Esse papo acabou? Não. Esse tipo de papo não tem fim e não é feito só de palavra.)

 

 

 

 

 
 

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