Danilo Marinho (Alfa), estimulado pelo projeto "A palavra guarda o mundo", andou cavoucando pelos cantos da casa e... Eis o resultado:
"Tava lá, na casa do meu pai, que na verdade é a casa da minha vó, um baú grande que guardava um baú pequeno, marronzinho, enfeitado com uns traços que parecem aquelas coisas que baleia e tubarão têm em cima do corpo. Meu pai já teve muitas namoradas e já levou esse baú pra muitas casas, até que casou com minha mãe. O baú ainda tava na casa de minha vó e aí, quando a gente se mudou pra uma casa, que meu pai já tava casado, ele pegou o baú e o cachorro dele e levou.
Eu abri o baú grande lá e vi esse pequeno. Eu olhei dentro e tava cheio de coisas: uns carrinhos e umas coisinhas. Eu tirei os carrinhos e as coisas e peguei o baú e coloquei na porta do meu quarto. Eu tive a ideia de trazer o baú pra escola porque eu queria mostrar, pra todo mundo saber, que eu tenho um baú como os baús da época do meu pai e da época do rei Solécios".
